Prof. Dr. Aristides Novelli Filho
Prof. Dr. Francisco Eugênio Barrella
Profª. Drª. Marília Macorin de Azevedo
A comunidade envolvida com desenvolvimento de software tem enfrentado grandes dificuldades para entregar software de qualidade, no prazo contratado, com todos os requisitos tendo sido contemplados e de acordo com o orçamento aprovado. Em 1968, surge o termo engenharia de software, que, desde então, busca sistemáticas de trabalho para resolver o caráter crônico dessa atividade, que foi denominada de crise de software.
A busca de novas abordagens tem caracterizado a área de engenharia de software que busca sempre a melhora dos processos e produtos de software que tem no modelo clássico, também conhecido como cascata, uma das abordagens mais difundidas desde a década de 70, quando foi comunicada pela primeira vez.
Esse paradigma tem orientado, além da comunidade empresarial, as escolas que têm, nessa abordagem, o referencial para o ensino da engenharia de software, nos seus cursos que envolvem o desenvolvimento de software. Novas abordagens ou derivadas do modelo cascata têm surgido, mas herdam o seu rigor formal, entre outras características.
No final da década de 90, surgem os métodos denominados ágeis, que tiveram grande impulso na sua difusão a partir de 2001, com a publicação do manifesto ágil. Esses métodos caracterizam-se por valores, princípios e práticas que se orientam por uma perspectiva diferente da abordagem tradicional. Enquanto a abordagem tradicional dá ênfase para o processo e documentação rigorosa, a abordagem ágil foca pessoas, iterações curtas com entrega de produtos e leveza do processo.
Diante dessas novas abordagens, este trabalho teve como objetivo verificar o impacto da adoção dos métodos ágeis, no processo de ensino-aprendizagem de engenharia de software, no âmbito dos cursos de tecnologia em processamento de dados.
Os resultados indicam que a adoção da abordagem ágil resulta em melhora no desempenho do aprendiz e na construção dos produtos de software. Outro fato relevante consiste na importância do pré-conhecimento de outras abordagens, para que se possam obter os ganhos esperados da nova abordagem.