Prof. Dr. Dirceu D'Alkmin Telles
Prof. Dr. Nelson Luiz Rodrigues Nucci
Profª. Drª. Elisabeth Pelosi Teixeira
A zona costeira brasileira, onde vivem cerca de 50 milhões de habitantes, é diretamente impactada pela ação antrópica, sofrendo com problemas ambientais crônicos e persistentes que comprometem os usos múltiplos da água. Os debates sobre a proteção ao padrão de qualidade das águas costeiras abordam, sobretudo, os estudos relacionados ao esgotamento sanitário e ao manejo das águas pluviais, uma vez que os dejetos quase sempre são lançados diretamente ou indiretamente em córregos, rios e no mar, tornando o escopo de atividades extenso e complexo.
Os emissários submarinos, são comumente utilizados para afastamento dos esgotos e das águas de drenagem urbana, sejam tratados ou não. A credibilidade na escolha deste sistema se justifica na forma segura e econômica que o emissário se apresenta, utilizando as vantagens quanto à diluição, dispersão e assimilação que o oceano oferece. O objetivo deste trabalho foi elaborar um diagnóstico sobre disposição oceânica de esgotos utilizando o sistema unitário/parcial, sendo o estudo de caso, o emissário submarino de Santos e São Vicente.
O estudo contempla: um breve histórico dos projetos de esgotamento sanitário utilizados em santos, campanhas de monitoramento já realizadas na área de influência do emissário e em atividades correlacionadas com região. A metodologia utilizada para avaliação do impacto foi à coleta de dados de campanhas anteriores, além de monitoramentos recentes realizados pela companhia ambiental do estado de São Paulo – CETESB..
Na conclusão é possível verificar que a melhora na qualidade das águas na baía de Santos não está relacionado unicamente ao tratamento dos esgotos, mas na gestão das águas do estuário e, sobretudo dos canais. Como sugestão é proposto um estudo integrado com a participação de outros agentes no monitoramento. Para garantia de um controle em conformidade com as características da região são propostas: a delimitação da zona de mistura com novos pontos de amostragem no limite desta, a opção na escolha de indicadores microbiológicos e a observância de estudos e atividades integradas com o sistema.