Prof. Dr. Roberto Kanaane
Profa. Dra. Rúbia Cristina Cruz
Profa. Dra. Helena Gemignani Peterossi
RAMOS, A. R. Inclusão, Desenho Universal para a Aprendizagem e Tecnologia Assistiva: concepções e reflexões dos docentes do ensino técnico. 211 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão e Desenvolvimento da Educação Profissional). Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, São Paulo, 2020.
O presente estudo tem por objetivo apresentar as concepções e reflexões sobre inclusão, Desenho Universal para a Aprendizagem e Tecnologia Assistiva sob a perspectiva dos docentes do ensino técnico profissional do Estado de São Paulo. Com o propósito de caracterizar a pessoa com deficiência, sua história e contextualização, bem como a terminologia utilizada. Em seguida, tem-se a conceituação do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) com seus princípios, histórico e finalidade. Posteriormente, designa-se o termo Tecnologia Assistiva, suas categorias e utilizações, salienta-se a identificação da legislação vigente referente a pessoa com deficiência e verifica-se as estratégias e táticas adotadas para a inclusão da pessoa com deficiência no ensino técnico sob a perspectiva dos docentes. A pesquisa é exploratória, descritiva, bibliográfica e de campo. A abordagem utilizada implica em entrevista a área responsável pela inclusão da pessoa com deficiência na instituição de ensino, além de questionários aos docentes, e pesquisa bibliográfica. A metodologia adotada adquire a característica qualitativa fundamentada em elementos da análise de conteúdo de Laurence Bardin e análise dos dados sob o enfoque da estatística descritiva, considerando as percentagens das respostas dos sujeitos aos questionários aplicados. Entre os principais resultados tem-se que dos 143 respondentes 132 docentes afirmaram haver diferença entre inclusão e integração, correspondendo a 92,3% do total, porém há dissonâncias nos comentários dos professores; e destes 60% ministram ou já ministraram aula para pessoa com deficiência, no entanto apenas 13% conhecem o termo Tecnologia Assistiva em sua totalidade. Infere-se a necessidade de rever a formação dos professores e as políticas públicas para a inclusão da pessoa com deficiência. A base teórica é fundamentada em Maria Teresa Égler Mantoan, Rita Bersch, Romeu Kazumi Sassaki, Marta Gil, Enicéia Gonçalves Mendes, Stuart Hall, Domenico de Masi, Helena Gemignani Peterossi, Edgar Morin, Gilberta Jannuzzi entre outros. A título de considerações finais o estudo contempla em sua estrutura aspectos voltados a caracterização do problema, objetivos e fundamentação teórica. Ao mesmo tempo reúne elementos do método de estudo, metodologia e técnicas empregadas, além da proposta de um plano de ação efetivo de inclusão destinado a pessoa com deficiência.