Profa. Dra. Silvia Pierre Irazusta
Prof. Dr. Marcelo Tsuguio Okano
Prof. Dr. José Damásio de Aquino
VIEIRA, C. C. Estudo da regeneração de carvão ativado saturado de filtro químico usado em respirador semifacial. 110 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão e Desenvolvimento da Educação Profissional). Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, São Paulo, 2019.
Com o objetivo de se reutilizar o filtro químico de respirador semifacial (SF), utilizado para a proteção respiratória de trabalhadores expostos a vapores de compostos orgânicos (VOC), o, utilizados como solvente orgânico na fabricação de tintas e vernizes, foi desenvolvido um arranjo experimental na bancada, onde o filtro químico de um fabricante nacional foi submetido a um ciclo de ensaios de regeneração: adsorção com VOC, neste caso representado pelo tolueno, dessorção com vapor d’água e posterior secagem em estufa. Utilizando-se de 05 filtros químicos novos do mesmo lote deste fabricante, todos submetidos ao ciclo de ensaios de regeneração por quatro vezes, determinou-se as massas de VOCs adsorvidas em cada ciclo. Foi calculado o índice de regeneração (IR) e o coeficiente adsortivo (Ca) do carvão ativado granulado (GAC) contido nestes filtros químicos aqui denominados de preparados (FQPs), sejam novos ou regenerados, com o objetivo de validar a regeneração dos mesmos. Os resultados obtidos, revelaram que os filtros químicos regenerados submetidos ao método proposto neste trabalho, atingiram o valor de IR próximo a 100% e o do Ca semelhante ao filtro químico novo, na média Cam= 110,2 ± 0,1 mg.g-1, o que nos permite concluir que os filtros químicos ensaiados poderão ser reutilizados ou seus componentes reciclados. Atualmente, os usuários de equipamentos de proteção respiratória (EPR), são os responsáveis por sua destinação final, pelo fato do filtro químico, uma vez saturado com VOC, transformar-se em resíduo classe I. Assim, o presente trabalho oferece uma alternativa de manejo sustentável dos componentes do filtro químico, que são: GAC, alumínio e polietileno, além do condensado do solvente recuperado, de vez que a sua descontaminação ativa, permite não só o reuso, mas também possibilita a logística reversa de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), atendendo aos preceitos da economia circular (EC) neste processo produtivo.