Prof. Dr. Napoleão Verardi Galegale
Prof. Dr. Marcelo Okano
Prof. Dr. Adilson Carlos Yoshikuni
ALVES, V.L.M.F. Adoção e uso do banco digital no Brasil 89 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão e Desenvolvimento da Educação Profissional). Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, São Paulo, 2019.
O presente trabalho tem por objetivo analisar o impacto dos fatores relacionados na intenção e no uso do banco digital pelos usuários finais dos bancos brasileiros digitais. Com o uso crescente da tecnologia móvel celular no contexto brasileiro e mudança de hábitos das novas gerações, o banco digital surgiu como uma das opções para atender os desafios da bancarização no cenário brasileiro, possibilitando o acesso eficiente a transações bancárias e serviços variados, tais como crédito, num país em desenvolvimento e com diferenças regionais e econômicas. Uma das causas de fracasso, parcial ou total, das implementações de sistemas de informação é a sua não aceitação pelos usuários, bem como a sua subutilização ou uso inadequado, o que leva a o sistema a ser descontinuado ou substituído. Embora a adoção de novas tecnologias, principalmente inovações móveis, tenha sido estudada intensamente no mundo, ainda há escassez de produção acadêmica a respeito da intenção de uso e uso dos bancos digitais. O objetivo desta pesquisa é verificar os fatores que impactam a aceitação do banco digital e como a cultura influencia o comportamento de uso individual, considerando-se o contexto cultural brasileiro. O modelo teórico combina a Teoria Unificada de Aceitação e Uso de Tecnologia (UTAUT2) com os moderadores culturais de Hofstede. O modelo foi testado usando o Modelo de Equações Estruturais (MEE), num estudo quantitativo conduzido no Brasil, com o objetivo de analisar simultaneamente múltiplas variáveis. Os resultados coletados e analisados confirmaram Motivação Hedônica e Hábito como preditoras da Intenção de uso, Hábito e Intenção de Uso como preditores do Comportamento de Uso, porém, as dimensões culturais moderadoras de Hofstede não tiveram impacto no modelo. As demais preditoras do modelo UTAUT2 não foram sustentadas. Com base no caráter inovador da tecnologia, há oportunidade para outras pesquisas que considerem o cenário brasileiro em sua extensão.